quinta-feira, 29 de maio de 2008

Diário de um Cão

SE EU PUDESSE FALAR...

SE EU PUDESSE FALAR...
Não passe tão indiferente
só porque eu não sou gente,
só porque não sei falar.
Também sou um ser vivente,
sinto as dores que você sente
mas não posso me expressar. Sou um bicho abandonado,
pela vida maltratado,
quase sempre escorraçado,
até mesmo apedrejado!
Vivo sedento e faminto,
ninguém quer saber o que sinto!
Se fico doente e triste
vejo logo um dedo em riste.
E vem a sentença fatal:
-Melhor matar este animal!
-Ele deve estar raivoso!
Para sua comodidade
vive dizendo inverdade,
fazendo muita maldade,
seu mentiroso. Mesmo que esteja raivoso,
já foi descoberta a vacina.
Mas para a sua raiva humana,
ainda não existe remédio,
nenhuma medicação,
com toda sua evolução, na história da medicina

Você mata o próprio irmão,
faz guerras assalta,
mata com ou sem razão,
às vezes por ambição!
É bem pior que eu,
que chamam de vira-lata! Olhe bem pro meu semblante:
-Estou triste, apavorado,
pois, a qualquer instante,
posso ser sacrificado!
Mas você não se importa
nem com o seu semelhante!
-Você sim, está doente,
egoísta, indiferente.
Mas se algo ruim lhe acontece
logo lembra que há Deus,
chora, reza e faz prece... mas Deus só ajuda aquele
que de todos se compadece.
Lembre-se do que escreveu
São Francisco de Assis:
-Quem maltrata um animal
jamais poderá ser feliz.
FAZ TODO O SENTIDO...
Numa das minhas navegações pelos sites de Associações de Protecção de Animais, descobri mais esta história que resolvi traduzir e partilhar com vocês.
Era uma vez um homem que ia dar um passeio à beira-mar todas as manhãs. Um dia, viu um rapazinho pegar cuidadosamente am algo que atirava para o mar. Ele dirigiu-se ao menino e disse: "Bom dia! O que estás a fazer?" O menino levantou-se e respondeu: "Estou a atirar estrelas-do-mar de volta para a água. Como a maré está baixa e o sol muito forte, se não o fizer, elas acabam por morrer." "Mas, meu rapaz," disse o homem, "tens noção da extensão da praia? Estão estrelas-do-mar por ela fora. Não consegues salvá-las todas. Isso não faz sentido." O rapaz ouviu educadamente o homem, baixou-se, apanhou outra estrela-do-mar e devolveu-a, com um sorriso nos lábios, ao mar. "Mas para esta estrela-do-mar fez todo o sentido!"
(Autor desconhecido)
Como gosto de tomar o pequeno-almoço no meu terraço, a ouvir os pardais a reclamar pelo pãozito que lhes atiro, o casal de rolas-da-índia também se juntam a reclamar um pedaço para elas também. O Kiko lá aparece esgaziadinho de todo, depois de ter ido dar a sua voltinha ao pé do rio e eu curto esta paz, esta qualidade de vida que nunca tive na cidade. não me arrependo de termos trocado a City pelo campo. Bem, com os aumentos de crédito de habitação e afins, vamos lá ver se nos mantemos por aqui até sermos velhotes! De repente só oiço uma voz masculina familiar:" então, mor? sabes que horas são?!" Tive que voltar à realidade nua e crua. Fui tratar do pequenito, outra vez super bem disposto (depois de termos ido com ele ontem para as urgências com mais uma otite! Essa porca teima em não deixar o meu filho em paz!). Dexámo-lo na creche e lá fomos nós, cada um para o seu lado, ganhar uns trocados para sobreviver (penso que neste momento é este o termo mais correcto). Ao menos se ainda estivesse um tempo lindo, com sol, sempre ajudava a levantar a moral, mas assim...

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Mais um fim-de-semana se passou. Fomos visitar os meus pais e foi uma delícia ver o nosso pimpolhito com os avós babados. Foi pena ter estado o tempo tão triste e não podermos andar à vontade com ele no jardim a brincar. A despedida ontem ao fim da tarde foi outra vez meia tristita, porque a avó e o avôzito queriam ficar mais tempo com o netito...That's life.

domingo, 25 de maio de 2008

Milhares de animais são abandonados todos os anos, eles não sabem o que fazer, não tem para onde ir, estão sozinhos e perdidos. Abandonar um animal é crime.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Porque os Animais vivem menos tempo que nós

Sou médica veterinária e fui chamada para examinar o cão de raça "Wolfhound" irlandês Belker. Os donos, Ron, Lisa e o filho de ambos Shane, de 4 anos, adoravam Belker e todos esperavam por um milagre. Belker tinha um cancro em fase terminal. Disse à família que já não havia nada a fazer e sugeri adormecê-lo lá em casa. Enquanto combinávamos o dia e a hora, Ron e Lisa disseram que achavam que o pequeno Shane deveria estar presente. Eles pensaram que ele poderia aprender alguma coisa com esta experiência. No dia seguinte fui até à casa da família, e apercebi-me do ambiente carregado, quando se juntaram todos. Shane estava extremamente calmo quando passou as mãozitas uma última vez pelo pêlo do velho Belker, e eu perguntei a mim mesma se ele sabia o que se estava a passar. Em poucos segundos o Belker tinha adormecido tranquilamente para sempre. O pequeno Shane parecia ter aceite a partida do seu amigo sem grande preocupação. Ainda ficámos a conversar algum tempo e perguntámos, porque é que os animais morriam sempre primeiro que as pessoas? Shane, que até então tinha estado a ouvir atentamente a nossa conversa disse: "Eu sei porquê." Ficámos surpreendidos. O que ele disse a seguir surpreendeu-me ainda mais. Nunca tinha ouvido uma explicação tão sensata. Ele disse," Nós nascemos, para aprender a praticar e levar uma vida de bem. Devemos respeitar e amar o próximo, certo? Então, os animais já sabem fazer isso, por isso não precisam viver tanto tempo como nós."
Sue Beasley

Traduzi esta história a partir de um texto que li no site http://www.tierschutzzentrum-eilenburg.de/ , associação que acolhe animais abandonados e doentes, em Eilenburg, Alemanha.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Ontem fomos à consulta dos 12 meses do nosso pimpolho. Não podia estar melhor! Está com 77 cms de comprimento e 11.250 kgs. Enfim, acima do percentil normal para a idade dele. Viemos da consulta satisfeitíssimos!
Presenciou um caso de violência ou maus-tratos animais? Encontrou um animal em perigo iminente? Viu alguém abandonar um animal?Contacte o SEPNA e exponha a situação... eles irão ajudar!

quarta-feira, 21 de maio de 2008

A Ponte do Arco-Íris

Uma ponte une o céu e a terra. Por causa das suas cores chamam-lhe a "Ponte do Arco-Íris". Desse lado do arco-íris existe um lugar com montes e prados verdes. Quando um bichinho na Terra adormece para sempre, vai para esse lugar. Lá há sempre comida, água fresca e está quente - são lindos dias de Primavera. Os animais velhos e doentes, recuperam aqui as forças e rejuvenescem. Eles brincam o dia todo. Só há uma coisa de que sentem falta: eles já não estão com as pessoas que tanto os amaram na Terra. Assim, brincam e correm o dia todo, até que um dia um deles pára de repente e olha: o nariz começa a farejar, as orelhas estão de pé e os olhos muito abertos... De repente sai do grupo e começa a correr pelo campo. Ele VIU-TE! E quando tu e o teu amigo especial se encontram, dás-lhe um abraço bem forte. Ele enche a tua cara de lambidelas e tu olhas nos olhos do teu querido amigo que desaparecera há tanto tempo do teu olhar mas não do teu coração. Depois atravessam os dois a ponte do arco-íris para nunca mais se separarem.