terça-feira, 16 de março de 2010

TRAGAM ESTE HOMEM PARA PORTUGAL!!!

TRAGAM ESTE HOMEM PARA PORTUGAL URGENTEMENTE...!!!

Joe Arpaio é o xerife do Condado de Maricopa, no Arizona há já bastante tempo e continua sendo re-eleito a cada nova eleição. Ele criou a 'cadeia-acampamento', que são várias tendas de lona, cercadas por arame farpado e vigiado por guardas como numa prisão normal.







Baixou os custos da refeição para 40 centavos de dólar que os detidos, inclusivé, têm de pagar.


Proibiu fumar, não permite a circulação de revistas pornográficas dentro da prisão e nem permite que os detidos pratiquem halterofilismo.


Começou a montar equipas de detidos que, acorrentados uns aos outros (chain gangs), são levados à cidade para prestarem serviços para a comunidade e trabalhar nos projetos do condado. Para não ser processado por discriminação, começou a montar equipas de detidas também, nos mesmos moldes das equipas de detidos .


Cortou a TV por cabo aos detidos mas quando soube que TV por cabo nas prisões era uma determinação judicial, voltou a permitir mas só entra o canal do tempo e da Disney . Quando lhe perguntaram por que o canal do tempo, respondeu que era para os detidos saberem que temperatura iriam enfrentar durante o dia quando estivessem a prestar serviço comunitário, trabalhando nas estradas, construções, etc.


Em 1994, cortou o café , alegando que, para além do baixo valor nutritivo, estava a proteger os próprios detidos e os guardas que já haviam sido atacados com café quente por outros detidos, sem falar na economia dos cofres públicos de quase US$ 100.000,00/ano.


Quando os detidos reclamaram, ele respondeu: - Isto aqui não é um hotel 5 estrelas e se vocês não gostam, comportem-se como homens e não voltem mais.


Distribuiu uma série de vídeos religiosos aos prisioneiros e não permite qualquer outro tipo de vídeos na prisão. Perguntado se não teria alguns vídeos com o programa do partido democrata para distribuir aos detidos, respondeu que nem que tivesse, pois provavelmente essa era a causa de a maioria dos presos ali estarem.


Com a temperatura batendo recordes a cada semana, uma agência de notícias publicou: Com a temperatura atingindo 116 F , (47º C), em Phoenix no Arizona, mais de 2000 detidos na prisão-acampamento de Maricopa tiveram permissão de tirar o uniforme da prisão e ficar só de shorts (cor-de-rosa), que os detidos recebem do governo.


Na última quarta-feira, centenas de detidos estavam recolhidos nas barracas, onde a temperatura chegou a atingir os 138°F ( 60°C ). Muitos com toalhas cor de rosa enroladas no pescoço estavam completamente encharcados de suor. 'Parece que estávamos dentro de um forno', disse James Zanzot que cumpriu pena nessas tendas por um ano.

Joe Arpaio, o xerife durão que inventou a prisão-acampamento, faz com que os detidos usem uniformes cor-de-rosa e não faz questão alguma de parecer simpático. Diz ele aos detidos: - Os nossos soldados estão no Iraque, onde a temperatura atinge 120°F ( 50°C ), vivem em tendas como vocês e ainda tem de usar fardamento, botas, carregar todo o equipamento de soldado e, além de tudo, não cometeram crime algum como vocês, portanto, calem a boca e parem de reclamar!

Se houvesse mais prisões como esta, talvez o número de criminosos e reincidentes diminuísse consideravelmente.

Criminosos graves têm de ser punidos pelos crimes que cometeram e não serem tratados a 'pão-de-ló' , tendo do bom e do melhor, até serem soltos para voltar a cometer os mesmos crimes e voltar para a vida na prisão, cheia de regalias e reivindicações.

Muitos cidadãos honestos, cumpridores da lei e pagadores de impostos não têm, por vezes, as mesmas regalias que esses bandidos tem na prisão.


Artigo extraído e traduzido de um documentário da televisão americana. Os factos acima são verídicos e a prisão-acampamento está lá, em Maricopa, Arizona.


Recebido pelo grupo Animais em Portugal http://animaisemportugal.blogspot.com/






sexta-feira, 12 de março de 2010

VILA COVA DO ALVA

Quero partilhar esta bonita paisagens com todos vocês. O aglomerado de casas que se vê ao fundo, é Vila Cova do Alva, uma pequenina vila no distrito de Coimbra, concelho de Arganil. É o meu/nosso refúgio. É um sítio onde não se passa nada, mas mesmo nada. Posso dizer que a foto foi tirada de um terreno que pertence aos meus sogros e os vizinhos mais próximos que temos são um casal de Holandeses e um senhor de idade inglês. Cada vez que vamos à "Portela" (nome pelo qual o terreno está baptizado), recebemos a visita dos cães do pastor, dos gatos dos vizinhos, já para não falar no chilrear alegre de pardais, melros, etc. E ouve-se lá ao fundo o correr do rio Alva. Não há nada, mas mesmo nada que pague este contacto com a natureza. Se por acaso gostarem de turismo rural, contacto com a natureza, etc, e quiserem dar aqui uma espreitadela http://www.casadonamaria.nl/pt/vila-cova-de-alva , tenho a certeza que irão gostar.

Bom fim-de-semana para todos!

quarta-feira, 3 de março de 2010

ANIMAIS EM PORTUGAL

O melhor site para divulgar, adoptar, procurar e ajudar os nossos Animais!

http://animaisemportugal.blogspot.com

Artigo de: Paulo Varela Gomes (Historiador), “Cartas do Interior”, Público, 27.02.2010, P2, p.3.

domingo, 28 de Fevereiro de 2010

Morrer como um touro



In PÚBLICO

O Ministério da Cultura resolveu criar uma secção de tauromaquia no Conselho Nacional de Cultura a pretexto de que lidar touros seria uma tradição cultural portuguesa a preservar. Mas a tradição é mais antiga, do tempo em que humanos e animais lutavam na arena para excitar os nervos da multidão com o sangue e a morte anunciada. A piedade, que é um valor mais antigo do que Cristo, veio, na sua interpretação cristã, salvar disto os humanos. Esqueceu-se, porém, dos animais. Há um momento nas touradas em que o touro, muito ferido já pelas bandarilhas, o sangue a escorrer, cansado pelos cavalos e as capas, titubeia e parece ir desistir. Afasta-se para as tábuas. Cheira o céu. Vêm os homens e incitam-no. A multidão agita-se e delira com o sangue. O touro sabe que vai morrer. Só os imbecis podem pensar que os animais não sabem. Os empregados dos matadouros, profissionais da sensibilidade embaciada, conhecem o momento em que os animais “cheiram” a morte iminente. Por desespero, coragem ou raiva (não é o mesmo?), o touro arremete pela última vez. Em Espanha morre. Aqui, neste país de maricas, é levado lá para fora para, como é que se diz? ah sim: ser abatido. A multidão retira-se humanamente, portuguesmente, de barriga cheia de cultura portuguesa, na tradição milenar à qual nenhuma piedade chegou. Os toureiros têm pose que se fartam (e com a qual fartam toda a gente). Pose de hombre, pose de macho. Mas os riscos que de facto correm são infinitamente menores que a sorte que inevitavelmente espera os touros, que o sofrimento e a desorientação que infligem aos touros para o seu próprio prazer e o da multidão. Dá vontade de dizer que quem se porta assim, quem mostra orgulho de se portar assim, tem entre as pernas, e não apenas literalmente, órgãos bem mais pequenos que aqueles que os touros exibem. Os toureiros são corajosos mas entram na arena sabendo que haverá sempre quem os safe, senão à primeira colhida, então à segunda. Às vezes aleijam-se a sério e às vezes morrem, o que talvez prove que os deuses da Antiguidade são justos, vingativos e amigos de todos os animais por igual. Os touros, esses, não têm ninguém que os vá safar em situação de risco, estão absolutamente sós perante a morte. Querem os toureiros ser hombres até ao fim? Experimentem ser tão homens como eram os homens e os animais na Antiguidade: se ficarem no chão, fiquem no chão. Morram na arena. É cultura. A senhora ministra da Cultura certamente compensará tão antigo costume. Também era da tradição, em Portugal por exemplo, executar em público os condenados, bater nas mulheres, escravizar pessoas. Foi assim durante milénios. Ninguém via mal nenhum nisso a não ser, confusamente, com dúvidas, as próprias vítimas. Até que a piedade, na sua interpretação moderna e laica, acabou com tão veneráveis tradições. Que será preciso para acabar com a tradição da tourada?
Que sobressalto do coração será necessário para despertar em nós a piedade pelos animais?