sexta-feira, 16 de abril de 2010

Yannick Djaló entrega os seus 2 cães no Canil Municipal da Moita

Recebi este mail através do "Grupo Animais em Portugal" e aqui estou a divulgá-lo. É impressionante que, quanto maior são as possibilidades financeiras, menor é a condição moral. Uma figura conhecida como ele e a ter uma atitude tão baixa. Não me digam que ele ou alguém pago por ele, não podia cuidar dos animais? É esse o exemplo de educação e civismo que ele transmite ás pessoas e sobretudo ás crianças? É revoltante....
Exmos Srs

Segue em anexo um comunicado de imprensa da presidente da direcção da AAAAM - Associação dos Amigos dos Animais Abandonados da Moita, no seguimento do episódio de hoje que envolve o jogador Yannick Djaló e o Canil Municipal da Moita.

Agradecemos a sua divulgação nos meios de comunicação social.

Sem outro assunto, subscrevo-me.

Atenciosamente,

Rita Lima
Secretária da Mesa da Assembleia
Voluntária

AAAAM - Associação dos Amigos dos Animais Abandonados da Moita

COMUNICADO DE IMPRENSA – DESMENTIDO

Durante todo o dia de hoje a Presidente da Direcção da AAAAM (Associação dos Amigos dos Animais Abandonados da Moita), Isabel Lopes, tem sido alvo de diversos telefonemas da comunicação social sobre o seguinte assunto:

Terá o jogador de futebol Yannick Djaló entregue dois cães das raças Rotweiller e PitBull no Canil Municipal da Moita por razões que desconhecemos.

Terá ainda sido divulgado que os animais em questão terão sido entregues na AAAAM, facto esse que desmentimos de imediato.
Os animais encontram-se sim, no Canil Municipal da Moita, à responsabilidade do Médico Veterinário Municipal, Dr. Semião.
A AAAAM é uma associação particular sem fins lucrativos que acolhe animais abandonados, errantes ou em risco de vida e jamais se iria associar a este tipo de comportamento.

A AAAAM é alheia a toda esta situação e, por motivos que desconhece, viu-se envolvida em toda esta questão pelo que vimos repor a verdade.

Agradecemos a divulgação.

Isabel Lopes
Presidente da Direcção
AAAAM
Notícia relacionada também aqui: http://www.anda.jor.br/?p=57131

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Carta ao Director do "Público" sobre a mentira acerca da Marcha pelos Animais de 10 de Abril

Caras Amigas e Amigos

Dou-vos conhecimento da carta que acabei de enviar ao Director do "Público", sobre a mentira acerca da Marcha pelos Animais de ontem, 10 de Abril, vergonhosamente extensiva a todos os órgãos de comunicação social.

É bem vinda a sua divulgação, por todos os meios que julgarem convenientes, em abono da verdade.

Saudações amigas

Paulo Borges
....

Exmº Sr. Director

Tinha 14 anos em 25 de Abril de 1974 e saí à rua com o mesmo entusiasmo de milhões de portugueses para saudar a restauração das liberdades fundamentais dos cidadãos, entre as quais a liberdade de imprensa. Depois disso desiludi-me com a política convencional, a meu ver demasiado estreita, e dediquei-me sobretudo à docência universitária. Há cerca de um ano faço parte da Comissão Coordenadora do Partido Pelos Animais e foi nessa qualidade que apoiei a Marcha pelos Animais, em 10 de Abril, e que fui entrevistado pelo vosso jornal. Lendo a afirmação do jornalista de que "centenas" de pessoas estiveram presentes, não posso reprimir a minha indignação: como podem "centenas" de pessoas, em filas de cerca de dez, encher completamente o percurso do Saldanha ao Marquês de Pombal, dar a volta a esta Praça e entrar ainda na Rua Braancamp, como muitas fotos e videos documentam? Como pode alguém reduzir a "centenas" as 3000 pessoas que, no mínimo, estiveram presentes?

A minha indignação é tanto maior quando vejo o "Público", cuja qualidade prezo, fazer coro com outros jornais de qualidade muito inferior e ficar atrás dos canais televisivos, que deturparam ligeiramente menos a realidade, falando de "mil" pessoas...

Compreende-se que os órgãos de comunicação social não estejam interessados nos animais, que felizmente não lêem jornais nem vêem televisão, como se compreende que o poder e as forças políticas não se interessem por quem não vota e é apenas vítima passiva e silenciosa de todo o tipo de maus-tratos e abusos. Não se compreende é que os media tenham o despudor de insultar com tamanha mentira o crescente número de cidadãos que se erguem para dar voz a quem não a tem e que colocam a defesa dos direitos dos animais como condição para uma sociedade humana melhor e mais evoluída. Assim o comprova, além dos milhares de pessoas que saíram à rua no dia 10 de Abril, a recente entrega de uma petição contra a criação de uma secção de tauromaquia no Conselho Nacional de Cultura, de que sou primeiro subscritor, e que obteve 8200 assinaturas em menos de dois meses.

Sinceramente, Sr. Director, não foi para isto que a liberdade de imprensa foi restaurada em Portugal! Tenho hoje 50 anos e sinto o meu entusiasmo adolescente traído por ver a liberdade de imprensa convertida em liberdade de manipular a opinião pública. Não esperava era ver o "Público" ir tão despudoradamente neste rumo...
Paulo Borges(Professor na Universidade de Lisboa)

(Mail recebido através do Grupo Animais em Portugal)

terça-feira, 13 de abril de 2010

O que pensa um toiro na arena?

O que pensa um toiro na arena?
Em Portugal as touradas continuam a atrair milhares. Há quem aprecie e quem abomine. Interessava saber o que pensam os toiros disto tudo. Mas infelizmente a voz do toiro nunca poderá ser escutada.

Tiago Mesquita (www.expresso.pt)

Sábado, 10 de Abril de 2010

"O que é que este senhor quer? Anda por aqui a passear-se no cavalo armado em bom e volta e meio vem espetar-me um ferro no lombo. Deve pensar que isto é um restaurante de rodízio à brasileira. Ó amigo isto aqui não é o Gauchão e eu não sou o prato do dia. Seja lá homem e desça daí, vamos tomar um copo e conversamos sobre o assunto..."
"Acho piada quando os aficionados dizem que amam os toiros. Estranha forma de amar. Porque é que não vais fazer isto aos perdigueiros que tens lá em casa? Cria-los, ama-los muito, e depois um dia leva-los até ao Campo Pequeno, convidas os teus amigos e passam a tarde a espetar-lhe ferros nas costas. Pois mas isso já não porque se trata de animais de estimação e tal. E é crime ainda por cima. A velha e gasta teoria de alguns de que podemos maltratar os animais desde que eles sejam criados para o efeito. Alguns até dizem que se não fosse as touradas os toiros bravos já nem existiam. Pois se o homem não existisse a estupidez também não mas assim torna-se difícil e temos de lidar com ela. E não sabia que o senhor Charles Darwin era criador de toiros"
"E são tão paternalistas...este toiro é muito nobre e tem personalidade e mais não sei o quê...deixa-me cá mas é atravessá-lo com uma espada e cortar-lhe uma orelha como fazem as tribos da amazónia que ainda vivem com uma parra a tapar as partes"
" E o homem da corneta? O que é aquilo? Não há por aí nenhuma alma caridosa que lhe pague o conservatório? Ou um sniper da Mossad com o ouvido mais sensível? Se me querem matar ao menos ponham Chopin ou Verdi"
"Pronto já cá faltava o grupinho de meninos armados em rebeldes enfiados em roupa de tamanho 2 números abaixo. E este da frente não se cala com o "é toiro, é toiro" Querias que fosse o quê? Uma perdiz? O que queres tu afinal? Um happy meal? Eu por tenho cara de funcionário do Macdonalds? Já viste algum a raspar com as patas no chão enquanto tira um Sundae de chocolate? E já agora não achas que já comias menos meu badocha? Aposto que há na plateia quem tenha dúvidas de que lado da arena é que está o touro. Eu peso 500 quilos mas tu também deves andar lá perto. Uma consulta no nutricionista e larga o porco preto que qualquer dia só enrolado num cortinado..."
As touradas continuam a fazer parte do quotidiano português. O espectáculo bárbaro de espetar farpas de vários tamanhos num animal parece agradar a muitos à boa maneira de Júlio César, que há quem diga que foi primeiro a lembrar-se de um "entretenimento" do género com o uso de toiros, entre outros igualmente grotescos. O Imperador Cláudio pôs em prática sacrificando-os na Arena. As tradições acabam. E as más devem ser eliminadas. Quando o homem não consegue ou quer o tempo encarregar-se-á de o fazer. Até lá sofre o toiro.
Em Portugal o Marquês de Pombal acabou com os toiros de morte e chegou a proibir as touradas aquando da morte de um nobre (homem entenda-se) na arena. Retomou-se a "tradição" algum tempo mais tarde. Infelizmente.
Fazer sofrer propositadamente uma animal até à sua morte para regozijo de meia dúzia não devia ser permitido em parte alguma. Muito menos num país civilizado.