segunda-feira, 20 de julho de 2009

DIÁRIO DE UM CÃO

1ª Semana:

Hoje faz uma semana que nasci! Que alegria ter chegado a este mundo!
1º Mês:
A minha mãe cuida muito bem de mim. É uma mãe exemplar!
2º Mês:
Hoje separaram-me da minha mãe. Ela estava muito inquieta e com os seus olhos disse-me adeus como que esperando que a minha nova “família humana” cuidasse bem de mim, como ela havia feito.
4º Mês:
Cresci muito rápido. Tudo chama à minha atenção. Existem crianças na casa, são como “irmãozinhos”.
5º Mês:
Hoje castigaram-me. A minha dona zangou-se porque fiz xixi dentro de casa... Mas nunca me disseram onde eu deveria fazer. E como durmo na marquise, não aguentei!
6º Mês:
Sou um cão feliz. Tenho o calor de um lar, sinto-me seguro e protegido... Creio que a minha família humana me ama muito... Quando estão a comer convidam-me também. O pátio é só para mim e eu estou sempre a fazer buracos na terra, como os meus antepassados lobos, quando escondiam comida. Nunca me educam! Seguramente porque nada faço de errado!
12º Mês:
Hoje completei um ano. Sou um cão adulto e os meus donos dizem que cresci mais do que eles esperavam. Que orgulhosos devem estar de mim!!!
13º Mês:
Como me senti mal hoje... O meu “irmãozinho” tirou-me a minha bola. Como nunca toco nos seus brinquedos, fui atrás dele e mordi-o, mas como os meus dentes estão muito fortes, magoei-o sem querer. Depois do susto, prenderam-me e quase não me posso mover para tomar um pouco de sol. Dizem que sou ingrato e que me vão deixar em observação (certamente não me vacinaram)... Não entendo o que está a acontecer.
15º Mês:
Tudo mudou... vivo preso no pátio... na corrente... Sinto-me muito só.... a minha família já não me quer... às vezes esquecem-se que tenho fome e sede e quando chove não tenho tecto para me tapar.
16º Mês:
Hoje tiraram-me a corrente. Pensei que me tinham perdoado...Fiquei tão contente que dava saltos de alegria e o meu rabo não parava de abanar. Parece que vou passear com eles. Entrámos no carro e andámos um grande bocado. Quando pararam, abriram a porta e eu desci a correr, feliz, crendo que era um dia de passeio no campo. Não entendo porque fecharam a porta e se foram embora... “Esperem!!!” – Lati. Esqueceram-se de mim! Corri atrás do carro com todas as minhas forças... a angustia aumentou ao perceber que o carro se afastava e eles não paravam. Tinham-me abandonado...
17º Mês:
Procurei em vão encontrar o caminho de volta a casa. Sento-me no caminho, estou perdido e algumas pessoas de bom coração olham-me com tristeza e dão-me de comer... Eu agradeço com um olhar do fundo da minha alma. Porque não me adoptam? Eu seria leal como ninguém. Porém apenas dizem “Pobre cãozinho, deve estar perdido.”.
18º Mês:
No outro dia passei por uma escola e vi muitas crianças e jovens como os meus “irmãozinhos”. Cheguei perto deles e um grupo, aos risos, atirou-me uma chuva de pedras – para ver quem tinha melhor pontaria. Uma dessas pedras atingiu um dos meus olhos, e desde então não vejo.
19º Mês:
Parece mentira, mas quando eu estava mais bonito as pessoas compadeciam-se mais de mim... Agora que estou mais fraco, com aspecto mudado... perdi o meu olho, as pessoas tratam-me aos pontapés quando pretendo deitar-me à sombra.
20º Mês:
Quase não me posso mexer. Hoje ao atravessar a rua por onde passam os carros, um deles atropelou-me. Pelo que sei estava num lugar seguro chamado sarjeta, mas nunca me vou esquecer do olhar de satisfação do motorista ao faze-lo. Oxalá me tivesse morto... Porém só me partiu as pernas. A dor é terrível, as minhas patas traseiras não me respondem e com dificuldade arrastei-me até uma moita de ervas completamente fora da estrada. Não me posso mover, a dor é insuportável, nunca me abandona. Sinto-me muito mal, estou num lugar húmido e parece que o meu pêlo está a cair. Algumas pessoas passam e não me vêem; outras dizem “Não te aproximes”. Já estou quase inconsciente. Porém uma força estranha fez-me abrir os olhos. A doçura da sua voz fez-me reagir. “Pobre cãozinho, como te deixaram”, dizia. Junto a ela estava um senhor de roupa branca que começou a tocar-me e disse “Minha senhora, infelizmente este cão não têm remédio que o salve, o melhor é que deixe de sofrer”.A gentil senhora consentiu com os olhos cheios de lágrimas. Como pude, mexi o rabo e olhei para ela, agradecendo por me ajudar a descansar... Senti somente a picada da injecção e dormi para sempre, pensando em porque nasci se ninguém me queria...

Ah, ganda Sócrates !!!

Mail que recebi com pedido de divulgação...sem comentários.

tp://futebolar.portugalmail.pt/artigo/20070424/portugal-ofereceu-estadio-a-cidade-palestiniana-de-al-kahder

O novo estádio da cidade de Al-Kahder, nos arredores de Belém, na Cisjordânia, cuja construção foi financiada por Portugal, através do Instituto Português de Cooperação para o Desenvolvimento, vai ser inaugurado na próxima segunda-feira. O recinto custou dois milhões de dólares, tem capacidade para seis mil espectadores, é certificado pela FIFA e dispõe de piso sintético e iluminação. Acerimónia de inauguração abrirá com uma marcha de escuteiros locais, conduzindo as bandeiras de Portugal e da Palestina, e a execução dos respectivos hinos nacionais.
Já fechámos urgências, maternidades, centros de saúde e escolas primárias, mas oferecemos um estádio à Palestina.
Devíamos fechar o Hospital de Santa Maria e oferecer um pavilhão multiusos ao Afeganistão. A seguir fechávamos a cidade universitária e oferecíamos um complexo olímpico (também com estádio) à Somália e por último fechávamos a Assembleia da República e oferecíamos os nossos políticos aos crocodilos do Nilo.

DIVULGUEM PARA SABEREM O QUE FAZ O GOVERNO COM OS NOSSOS IMPOSTOS.

SILÊNCI SELVAGEM - MIGUEL ESTEVES CARDOSO

SILÊNCIO SELVAGEM
Foram admiráveis os elogios de Paulo Rangel aos colegas-adversários do Parlamento, por revelarem que continua pertinente o conceito de elite de Pareto – ou o conceito de pandilha do povo português. Rangel é claramente um homem civilizado. O mesmo ao quadrado digo do meu grande amigo Paulo Portas, do CDS-PP. Nada me surpreendeu mais do que saber, pelo PÚBLICO de ontem, que essa civilização nem sempre se estende à condenação dos selvagens. Falo dos selvagens que se divertem a pôr cães perigosos (que eles próprios criaram e treinaram para serem assim) a lutar contra outros cães. Falo dos seres desumanos que põem os cães tão nervosos e agressivos que os condenam a uma existência psicótica. E que, de vez em quando, fogem do controlo dos donos, e atiram-se a quem calhar. Por que carga de água-de-colónia, então, é que o PSD e o CDS-PP se abstiveram no diploma que criminaliza os promotores de lutas entre animais e os donos de cães perigosos que se atiram às pessoas? Podem explicar-me o que há de tão polémico nesta lei que castiga quem organiza lutas entre animais? E que dá alguma satisfação às vítimas dos ataques destas bestas? A nova lei é até daquelas desconcertantes que se estranha não haver já há muitos anos. Saúde-se o deputado do PSD Mendes Bota, o único que votou a favor. Mas não chega. Fazer bonitos com abstenções é feio quando se trata de proteger pessoas e animais uns dos outros. E venha o Partido Pelos Animais!
Miguel Esteves Cardoso, na edição de 5 de Julho do "Público"

quinta-feira, 9 de julho de 2009

MICHAEL JACKSON

Fiquei chocada com a notícia da morte do Michael Jackson. Sou do tempo do "Thriller" (quem da minha geração não se lembra?) e a ideia que sempre tive dele foi de "pobre menino rico". Obrigado a crescer à força, sem uma infância dita normal teve um fim que ninguém estava à espera. Assim, de um momento para o outro... Um dos temas que considero dos mais tocantes do Michael Jackson é o "Earth Song". Dramático mas tão real. A Humanidade tal como ela é ...

Cá estou...

Há dois meses que não tenho tido tempo para actualizar o meu cantinho. Agora, já tenho tudo mais ou menos orientado, vamos lá ver se consigo fazê-lo.... Ora bem, AQUELA pessoa importante na minha vida, foi submetido a uma cirurgia em que lhe foram removidos 30 cms de intestino , ao que partece, o "mal" foi retirado. Iniciou a Radioterapia no dia 2 deste mês (acompanhada de 12 comprimidos diários) e terá que fazer o tratamento durante 28 dias seguidos, menos aos fins-de-semana. Do mal o menos. Para um tumor com 8 cms, de origem maligna e "galopante", correu tudo pelo melhor. Pelo menos para já. E quero acreditar que a recuperação, embora lenta, seja completa. Já a minha pessoa, depois de uma colonoscopia feita no dia 13 de Maio e do diagnóstico (colite ulcerosa) o resultado da biópsia não revelou nada de especial. Bem, para especial já chega a colite! Minha fiel amiga para o resto da vida! Sim, porque já fiz o tratamento, fiquei bem, mas agora surgem novamente uns sintomas malvados...Paciência. De resto, está tudo...
Fomos passar um fim-de-semana de Junho ás "Casas das Bizarras" - Turismo Rural em Castro D'aire. Lindo! (www.casdasbizarras.com) A D. Marina, proprietária e senhora para os seus 68 anos, cheia de vida e energia é uma simpatia, bem como a filha e a Ana Maria (funcionária). Vamos ver se lá para Agosto conseguimos ir lá com o nosso pequenito. Também podíamos levar o Kiko, mas como cão senhor do seu nariz, não sei se se ia dar bem com a Cadela Serra da Estrela e também ia pôr em risco com toda a certeza os gansos e galinhas que a D. Marina tem. Vai ficar com os meus pais a fazer companhia à Soneca. Tá decidido.